Nos próximos dias 31 de Julho e 1 de Agosto, pelas 22h00 e 21h00, em Valhelhas, decorrerão dois espectáculos: Al-Bravia e Grupo de Cantares da Arrifana, respectivamente.
Al bravia é o resultado da fusão da tradição Alentejana com a música Brasileira e Algarvia. Com uma forte tendência para o improviso, as violas Campaniça e Caipira, oriundas do Alentejo e Interior do Brasil e irmãs separadas por uma grande viagem, unem-se ao acordeão e a ritmos de todo o Mundo. O resultado é... uma festa desta linguagem universal que é a Música. O grupo é constituído por Paulo Colaço (voz, guitarra, viola campaniça), Rico Lima (guitarra, voz, percurssões, guitarra caipira), João Frade (acordeão, acordeão midi) e Paulo Rosa Martins (bateria, percussões).
O Grupo de Cantares da Arrifana, fundado em 2000, apresenta-se ao público, exibindo, a maioria dos seus elementos, trajes à época (anos 20 do século passado), dando expressão a cantigas que noutros tempos acompanhavam as actividades domésticas e rurais do dia-a-dia das gentes da aldeia. Trazendo para os dias de hoje a figura do pedreiro, do sapateiro, da ceifeira, da pastora, etc (actividades e profissões exercidas na aldeia) às quais se junta um reduzido naipe de “outras” figuras que, pelo estatuto social de que gozavam, se destacam das restantes pelo seu aprumo e valimento da indumentária, condição que as dispensava da execução de certas tarefas. Era gente fina…
Todo o seu repertório foi recolhido na aldeia, tendo como suporte a memória das pessoas mais idosas e é constituído por cantigas de raiz popular, que, nas primeiras décadas do século XX, animavam os serões do Inverno e suavizavam as duras lides do campo, no Verão.
Nas actuações, o Grupo pretende transmitir um pouco da sua cultura ancestral, através dos cantares e simulação de actividades de modo a preservar e divulgar todo um património cultural valioso, que o passar dos anos vai diluindo e apagando da memória das gentes.
Editou, já, o CD “Grupo de Cantares da Arrifana”.
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