terça-feira, 25 de setembro de 2012

“As Últimas palavras de Swazo Camacase”: nova produção do Projéc~ estreia Amanhã, dia 26



A 16ª produção do Projéc~, a estrutura de produção teatral do TMG, “As Últimas palavras de Swazo Camacase [ou um pouco mais de nada]” estreia na próxima quarta-feira, dia 26 de Setembro, às 21h30. Trata-se de um texto de Pedro Dias de Almeida, levado a cena por Américo Rodrigues, que dirige e interpreta. O espectáculo ficará em cena até 28 de Setembro com sessões no Pequeno Auditório, sempre às 21h30.

Em palco, um velho escritor conversa com o seu público em jeito de despedida. Há mais de um mês o seu médico deu-lhe um mês de vida. Mesmo assim, Swazo Camacase é, ou acredita ser, como sempre foi, um «abismo de possibilidades» - tão entusiasmado pela velocidade do seu Porsche 911 verde como pela desaceleração dos dias, um tédio procurado, um nada cheio de vida interior.

Para o encenador, que é também o actor intérprete deste monólogo, Américo Rodrigues, o Swazo Camacase desta história é «Um homem velho que precisa de descansar. Mas também, de entretanto, vociferar, partir tudo. Um homem que necessita de ouvir a sua voz, ecoando no palco, rodeado por todos os lados. Um homem que é uma ilha de possibilidades. Mesmo estando a morrer. Mesmo sabendo que o seu mundo está a desmoronar-se. A cair aos poucos. Como ele».

Recordamos que o Projéc~ é um projecto de criação desenvolvido no âmbito do Teatro Municipal da Guarda. Tem por base uma pequena estrutura flexível de profissionais da área do teatro. Inscreve as suas produções no âmbito da programação do TMG, tendo-se já apresentado também em salas de outras cidades.

Até à data, o Projéc~ apresentou: “E outros diálogos”, de João Camilo, com encenação de Luciano Amarelo; “A Cozinha Canibal”, de Roland Topor, com encenação de Américo Rodrigues; “Na Colónia Penal”, ópera de Philip Glass segundo conto de Franz Kafka e com encenação de Américo Rodrigues; “O Barão”, de Luís de Sttau Monteiro, com encenação de Fernando Marques; “Eu queria encontrar aqui ainda a terra”, de António Godinho e Manuel A. Domingos, com encenação de Luciano Amarelo; “Os Sobreviventes”, de Manuel Poppe, com encenação de Américo Rodrigues; “Querido Monstro”, de Javier Tomeo, com encenação de José Neves; “São Francisco de Assis” e “Mundus Imaginalis num quadro de Van Gogh”, de Vicente Sanches, com encenação de Américo Rodrigues; “Simplesmente Complicado”, de Thomas Bernhard, com encenação de Américo Rodrigues; a peça radiofónica “Senhor Henri”, de Gonçalo M. Tavares, com José Neves; “The Dumb Waiter”, de Harold Pinter, com encenação de Fernando Marques; “A Acácia Vermelha”, de Manuel Poppe, com encenação de Valdemar Santos; “D’abalada”, de Jorge Palinhos, com encenação de Luciano Amarelo; “A dama pé de cabra”, de Alexandre Herculano, com encenação de Antónia Terrinha, e “Fragas”, a partir de Miguel Torga, com encenação de João Neca.

Foto de Ensaio de Armando Neves/TMG

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