No próximo dia 4 de Dezembro, Sábado, pelas 21h30, na Casa da Cultura de Famalicão da Serra, decorrerá o espectáculo “Elephans Pinguim”, pelo Aquilo Teatro.
Elephans Pinguim é um espectáculo sobre a problemática da criação artística, onde a literatura, o teatro e a expressão plástica se conjugam no mesmo espaço cénico. Baseado num belíssimo conto de Maria Alberta Menères, com o mesmo nome, a actriz percorre um mundo entre o real, o irreal e o absurdo, num espectáculo de narrativas interrompidas entre memórias, anseios e a obsessão da arte. Neste monólogo, a intérprete, que ao mesmo tempo é também artista plástica, representa a angústia do processo criativo passo a passo e, evocando as suas vivências, vai transformando a sua corporalidade, neste processo criativo, terminando com a concretização, em cena, de uma instalação. Este espectáculo pretende que o público se interrogue sobre o “porquê” da arte e que dele retire as suas próprias conclusões.
Elephans Pinguim aborda temas actuais, de uma forma que corresponda à sensibilidade artística contemporânea, proporcionando ao público uma experiência de transcendência e de elevação. Construiu-se um espectáculo que, sem perder as qualidades experimentais e novas tendências, é humano, frágil, sensível e delicado.
Parafraseando Agustina Bessa-Luís:
“A arte, é, uma experiência inútil; como toda a em que cristaliza o homem. Mas inútil apenas como tragédia de que a humanidade beneficie; porque a arte é a menos trágica das ocupações, porque isso não envolve uma moral objectiva. Mas se todos os artistas da terra parassem durante umas horas, deixassem de produzir uma ideia, um quadro, uma nota de música, fazia-se um deserto extraordinário…”
A encenação esteve a cargo de Antónia Terrinha e a interpretação é de Teresa Oliveira. A imagem do cartaz é do artista plástico Kim Prisu, o desenho de luz de Luís Andrade e a produção executiva de Anabela Teixeira.
Classe Etária: Maiores de 6 anos
Duração: 50m
Maria Alberta Menéres, escritora que dispensa apresentações, um dos nomes mais celebrados da cena literária em Portugal. Poeta, escritora de livros para crianças e jovens. Autora e produtora de programas da Rádio e Televisão Portuguesa (RTP).
Antónia Terrinha nasce em Lisboa em 1964. Aos 19 anos integra o grupo de teatro O Bando, onde faz a sua aprendizagem e permanece por longos anos. A sua itinerância nacional, mas sobretudo internacional, completa a sua formação, mantendo-a em contacto com os maiores Festivais Internacionais e novas tendências no campo artístico. Nasce aí o seu gosto pela encenação, a que se viria a dedicar mais tarde. Ao longo da sua carreira como actriz, integrou o elenco de diversas companhias de teatro como O Bando, a Comuna, Teatro da Cornucópia, Teatro Circo, Companhia Teatral do Chiado, Teatro Persona, Teatro Chaby Pinheiro e Teatro Extremo, onde trabalhou com os seguintes encenadores: João Brites, João Mota, Rui Madeira, Miguel Moreira, Mário Viegas, Cândido Ferreira, Fernando Gomes e Fernando Jorge. No ano de 1998, traz à Expo’98 um espectáculo de S. Tomé e Príncipe (onde residiu ano e meio), fruto de um trabalho realizado nesse país, no âmbito da colaboração Cena Lusófona e países de Expressão Portuguesa (PALOP). Em 2003, juntamente com Cândido Ferreira, dirige o Teatro Chaby Pinheiro na Nazaré. Encenou e escreveu diversos espectáculos, com maior incidência no teatro de rua e teatro comunitário (teatro para toda a comunidade). Deu inúmeras acções de formação na área do Teatro a jovens e público em geral, destacando-se o trabalho realizado com idosos dos Centros de Dia e da Universidade Sénior da Nazaré. Integrou vários elencos de produções audiovisuais (cinema e televisão).
A actividade integrada no Projecto Andarilho conta com o apoio da Casa da Cultura e Junta de Freguesia de Famalicão da Serra.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário