terça-feira, 30 de setembro de 2008

A história do soldado levada a cena por reclusos do Estabelecimento Prisional da Guarda, no âmbito do Projecto Inside Out


É já na Quinta-feira, dia 2 de Outubro, que no âmbito do Projecto Inside Out, é posto em cena o espectáculo A história do soldado, de Charles Ferdinand Ramuz e Igor Stravinsky, protagonizado por reclusos do Estabelecimento Prisional da Guarda e numa encenação de Fernando Carmino Marques. O espectáculo vai decorrer no Pequeno Auditório, às 21h30 horas, inserido no Acto Seguinte – Festival de Teatro da Guarda que o TMG organiza até meados de Outubro.

Trata-se, nas palavras do encenador, «de uma peça que não é uma peça». É, isso sim, «uma obra dificilmente classificável, A história do soldado reunia na sua origem três aspectos essenciais da arte cénica: a palavra, a música, a dança. Só a música e a palavra perduraram. Fruto do encontro entre dois criadores, de culturas e modos de expressão diferentes ( o escritor suiço o Charles Ferdinand Ramuz e o compositor russo Igor Stravinsky), a História do Soldado reflecte no conteúdo e na forma essa diversidade: intriga simples mas forma e simbologia complexas; deixando a cada um de nós a possibilidade de interpretar esta História do Soldado como bem entender», refere Fernando Marques sobre o espectáculo.
Os reclusos que dão vida às personagens desta história são Hamilton Cavaleiro, Amado Moreira, Aércio Conceição, Mário David Costa, Hélder Vaz e João Pinto.
Para além da encenação, Fernando Marques assina também os figurinos e a sonoplastia deste espectáculo.
A história do soldado é posto em cena no âmbito do projecto Inside Out, do TMG e do Núcleo de Animação Cultural da Câmara Municipal da Guarda. Recorde-se que entre os meses de Julho e Setembro de 2008, o encenador Fernando Carmino Marques orientou um projecto intensivo na área do Teatro com o grupo de reclusos do Estabelecimento Prisional da Guarda. Trata-se da quinta iniciativa no âmbito do Projecto Inside Out que tem por objectivo a participação de públicos habitualmente esquecidos, e a dinamização de actividades criativas, com estes mesmos públicos, para a valorização das suas capacidades.

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