Estiveram patentes, na Galeria de Arte do Paço da Cultura, até ao passado dia 29, as exposições “Terra Mãe” - Pintura de Célia Alves e “Presépios” – Colecção Particular de Ana Manso.
Segundo Maria Antonieta Garcia, Célia Pena ouviu Homero: É a Terra que eu cantarei, mãe universal com profundas raízes, avó venerável que nutre no seu solo o que existe... És tu quem dá a vida aos mortais...
Em Vila Franca das Naves, menina e moça venerou o sagrado da Terra e contemplou as mulheres, irmãs da Natureza. Soube-lhes os amores, o trabalho, a dureza de vida. Na Guarda, em Coimbra... pela Beira e pelo Alentejo apurou o olhar... seguindo silhuetas que velam campos abandonados; deitou os olhos pelo lavradio e desvelou camponesas a fundir-se com a terra, deusas da fecundidade e da sabedoria, da alva ao sol-pôr. Desatou o silêncio que as ocultava, desenleou-lhes a teia e ofereceu mãos e regaço para folhear memórias e saudades.
Ana Manso comenta “O presépio é, em toda a sua dimensão, algo que cresceu comigo e que ainda hoje me faz sentir, sorrir e sonhar no que de mais profundo e bonito a vida nos dá. Cada presépio, mesmo o mais humilde, tem a sua história. É uma mensagem de amor e carinho única, como única é a magia que cada um deles desperta em nós. É também uma partilha e um misto de sentimentos de ternura e de paixão que se reforça a cada novo olhar.
Coleccionar e contemplar presépios é juntar todas as mensagens positivas de amor, solidariedade e esperança numa mística que nos envolve, quantas e quantas vezes, de olhos marejados...”
As exposições foram visitadas por cerca de 1220 pessoas.
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