terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Exposição "Horizonte. 50 anos de pintura", de Luís Gonçalves será inaugurada sábado no TMG


A partir de 16 de Janeiro o TMG mostra na Galeria de Arte uma grande exposição retrospectiva de Luís Gonçalves. Trata-se, talvez, do pintor guardense com maior exposição nacional e internacional, mas é também um ilustre desconhecido na sua terra natal. A exposição intitula-se “Horizonte. 50 anos de pintura” e é inaugurada, com a presença do autor, às 18h00.
Luís Gonçalves nasce em 1936 na Guarda. Faz o liceu e tira o curso do Magistério Primário ao mesmo tempo que se evidenciam às suas tendências artísticas. Expõe pela primeira vez em 1954; a aguarela e a caricatura são, nessa época, as suas formas de expressão.
A partir de 1957 passa a viver e a trabalhar em Lisboa. Faz o curso complementar de pintura na E.S.B.A.L e parte para Itália como bolseiro da Fundação Gulbenkian, frequenta o curso do Magistério Profissional de Arte em Florença, faz o curso de arte Bizantina e Ravenana em Ravena e expõe no Centro de Encontro para Estrangeiros no Palácio Strozzi em Florença.
Expõe na maior parte dos salões de arte moderna realizados em Portugal, a partir de 1960 e toma parte em exposições internacionais como a VII Bienal de S. Paulo e na IV Bienal de Paris entre muitas outras nas décadas de 60 e 70.
Foi galardoado com os prémios “Roque Gameiro”, “Domingos Sequeira”, “Júlio Mardel” e outros mais.
Na segunda metade da década de 80 do século passado, a sua pintura sofre uma transformação evidente. Umbilicalmente ligado ao abstracto horizonte da “paisagem”, estrutura e geometria do invisível no plano do possível…
É a fase das pinturas de maiores dimensões, relacionadas com a Guarda, numa espécie de “retorno às origens” e dos quadros da série “Horizontes” que dão o título a esta exposição, 50 anos de pintura.
«O percurso de Luís Gonçalves sempre foi norteado por uma insatisfação constante; o autor nunca se deu por contentinho com o caminho achado, quis sempre mais, procurou, insubmisso, outros naipes; e, deste modo, vejo-o partir do informalismo abstracto, do tachisme (sei, mas não fui contemporâneo dessa vivência, que os primórdios de L.G. estribam-se na aguarela e na caricatura, tendo realizado a primeira mostra, na Guarda, em 1954), vejo-o, repito, a trabalhar o abstracto com uma souplesse e um arreganho indisfarçáveis.
Antes disso, já experimentara e obtivera óptimas soluções na prática da gravura, mas estaria para breve a segmentação do espaço pop (1969) Aliás, é mesmo neste rumo que venho a deparar com a sua busca, a todos os títulos sensitiva, porquanto os meus três anos de tropa – 1965-1968: dois na guerra colonial – impossibilitando-me de seguir em proximidade o rumo do artista.», refere o crítico Fernando Grade a propósito do artista plástico Luís Gonçalves.
“Horizonte. 50 anos de pintura”, de Luís Gonçalves ficará patente no TMG até14 de Março e pode ser visitada de Terça a Domingo. A entrada é livre.

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