O galo é o culpado por todos os insucessos e todos os problemas do ano que passou e por isso a Guarda vai julgá-lo e queimá-lo a 4 de Fevereiro em plena Praça Velha, bem no centro da cidade. “Julgamento e Morte do Galo do Entrudo” é o espectáculo comemorativo do Carnaval que a Câmara Municipal da Guarda encomendou à Culturguarda. O Julgamento do Galo é uma tradição de diversas localidades portuguesas, nomeadamente do concelho da Guarda, tratando-se de um ritual expiatório dos males que acontecem às comunidades.
O espectáculo começará com um desfile desde o Jardim José de Lemos (com início marcado para as 21.30 horas), pelas ruas do centro da cidade e até à Praça Velha, onde o Galo vai ser julgado. O Juiz é nem mais nem menos que o rei fundador da Guarda, D. Sancho I, aqui interpretado pelo actor Rui Nuno (do CENDREV e do Projéc~). Assumem a defesa outras figuras de peso do imaginário guardense como Augusto Gil (interpretado por Vasco Queiroz), Alberto Dinis da Fonseca (interpretado pelo actor José Neves, do Teatro Nacional D. Maria II e membro do Projéc~) e a Ribeirinha (encarnada pela actriz Adelaide Pinto). Na acusação vai estar o poeta popular Joaquim Chamisso (interpretado por Albino Bárbara), a Libaninha (interpretada por Cristina Fernandes) e o Velho da Rectaguarda, a personagem mais céptica da “estória” da cidade, que teve a sua primeira aparição no espectáculo “Guarda Paixão e Utopia”, e cujo actor não é identificado, a seu pedido, por “medo de possíveis retaliações por parte dos populares perante tanto pessimismo e queixume”. A coordenação estará a cargo de Américo Rodrigues, que é também o autor do guião.
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